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Tudo o que você precisa saber sobre as relações comerciais entre Brasil e França

Atualizado: 24 de ago.

Escrito por: Gabriel de Lima, Consultor de Marketing

presidente do Brasil Lula e presidente da França Macron apertando as mãos com as banderias do Brasil e França atrás

As relações comerciais entre Brasil e França estão em um momento de renovação e expansão, impulsionadas por uma série de novos acordos que visam fortalecer a cooperação econômica e diversificar os setores de atuação entre os dois países. Este novo capítulo da parceria bilateral promete abrir oportunidades significativas para o desenvolvimento de iniciativas conjuntas, refletindo o compromisso mútuo com um comércio mais dinâmico, sustentável e integrado ao cenário global.


O Presidente francês Emmanuel Macron faz sua primeira visita oficial ao Brasil de 26 a 28 de março de 2024 com o objetivo de estreitar as relações bilaterais entre os dois países. Em 2025, as relações diplomáticas entre Brasil e França completam 200 anos. É também a primeira visita oficial de Macron a um país latino-americano desde que assumiu o poder em 2017.


Estão previstas as assinaturas de mais de dez acordos de cooperação bilateral, incluindo a criação de uma sede para o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica e um protocolo de investimentos de 100 milhões entre o BNDES e a AFD, Agência Francesa de Desenvolvimento.


É de interesse da França explorar mercados nos setores militar, tecnológico e de energia renovável, enquanto o Brasil procura diversificar suas exportações e aumentar o mercado de produtos agrícolas, além de obter recursos para desenvolvimento e preservação da Amazônia.


Segundo dados do Banco Central, a França é o terceiro maior investidor no Brasil, com mais de US$38 bilhões aplicados. Há cerca de 860 empresas francesas atuando no Brasil, com geração de 500 mil empregos. O fluxo comercial entre os dois países em 2023 foi de US$8,4 bilhões (US$2,9 bi de exportações brasileiras e US$5,5 bi de importações).


Na pauta de exportações brasileiras para França, predominam produtos como farelo de soja, óleos brutos, petróleo, celulose e minério de ferro. Já do lado francês, os principais produtos exportados ao Brasil são consumíveis, minérios, motores, máquinas, aeronaves, peças de automóveis, inseticidas, medicamentos.


De acordo com dados de 2023 da ComexStat:

  • O setor de Produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; Tabaco e seus sucedâneos manufaturados seguiu-se em primeiro lugar, arrecadando US$866.876.007 no valor Free On Board (FOB).

  • Em segundo lugar estão os produtos minerais, com valor de US$685.204.855 FOB.

  • Adiante, localizam-se os produtos vegetais, tendo uma maior diferença comparado com os outros: valor de US$236.670.472 FOB

  • E, já no setor manufaturado, incluindo máquinas de reprodução de som e vídeos; materiais elétricos, e suas partes e acessórios ocupam o quarto lugar, com valor de US$230.099.213 FOB.


E a tendência, ademais, com as recentes interações do presidente francês com o Brasil no mês de março tende a gerar ainda mais avanços no setor exportador. Filtrando as questões comerciais do Novo Plano da Parceria Brasil-França, pode-se entender que:

  • O Brasil e a França reafirmam seu apoio a um sistema multilateral de comércio aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, sustentável, não discriminatório e baseado em regras, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) como centro.

  • O Brasil e a França reiteram seu compromisso de ampliar quantitativa e qualitativamente o comércio bilateral e birregional, inclusive por meio de instrumentos específicos para este fim.

  • O Brasil e a França envidarão esforços para aumentar o fluxo de investimentos recíprocos, sobretudo em áreas identificadas como prioritárias.

  • O Brasil e a França comprometem-se a incentivar a visita de seus nacionais a pontos turísticos da outra parte, inclusive a destinos alternativos ao circuito turístico tradicional.


Há, portanto, novas oportunidades, tanto no setor exportador, que se encontrará mais igualitário, como no âmbito turístico nacional, incentivado pelo governo francês. Debates como a sustentabilidade e a importância do comércio verde também foram colocados em pauta, ou seja, é necessário, como comerciante, se atentar à forma como é feita seus produtos e materiais, por uma maior integração dos benefícios bilaterais.


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